Antes
de o Brasil se tornar uma República, em 1889, a monarquia – regime então
vigente – já passava por momentos de crise. Em 1870 foi criado o Partido
Republicano, apoiado pela maioria dos militares e por pessoas que não apoiavam
a centralização do Império, porque este representava apenas a elite e não a
população brasileira por inteiro.
Na
década de 1880, o país passava pelo processo de abolicionismo, sendo
consolidado oito anos depois com o vigor da Lei Áurea, que garantia a total
liberdade dos negros mantidos como escravos. E isso desagradou grande parte dos
grandes fazendeiros que, até então, apoiavam o regime monárquico no Brasil. Já
sem muito apoio da população e com as pressões militares, a Monarquia acabou
dando lugar à República, no dia 15 de novembro de 1889, com Marechal Deodoro da
Fonseca na liderança.
O
governo teve lideranças militares nos seus primeiros cinco anos de república,
tendo como chefe do governo provisório Marechal Deodoro da Fonseca. Floriano
Peixoto era vice presidente, mas assume o governo no ano de 1891, quando o
atual chefe de Estado, Marechal Deodoro, renuncia ao governo. Floriano
intensifica a repreensão a quem ainda apoiava o regime monárquico.
O
acontecimento que tem marca importante e significativa no inicio do governo
republicano, é a criação de uma nova constituição, levada como necessidade, já
que a constituição anterior seguia ideais monárquicos. A nova constituição de
1891 – primeira constituição da república – instituiu o voto universal para o
cidadão (exceto mulheres, analfabetos, e militares de baixa patente, que não
tinham participação); o presidencialismo; e o voto aberto.
A
mudança de regime representou, para o Brasil, um afastamento da influência européia
em sua política exterior. Enquanto no regime imperial, o foco e as principais
alianças,e diplomacia, estava diretamente ligada aos ideais europeus, no regime
republicano isso muda de forma abrupta. Passamos por uma “americanização”, e
uma “republicanização” na diplomacia. Podemos destacar três pontos para essa
mudança: primeiro, a identificação com a tendência que vigorava no continente;
segundo, para resolver pendências lindeiras herdadas da época do império; e
terceiro, para estabelecer acordos, visando fortalecer as exportações, principalmente
para os Estados Unidos, fiel consumidor do café. Os laços diplomáticos se
fortalecem com os Estados Unidos, por diversos fatos, mas tem importância maior,
e estratégica, o fato de ter sido a primeira potencia a reconhecer o novo
regime, e o apoiar, deixando assim as potencias européias em desvantagem, já que
ainda não haviam se pronunciado quanto a nova forma de governo. Mas vale
ressalvar que essa “americanização”, nem sempre se confundiu com “norte-americanização”,
já que o Brasil voltou sua atenção para o contexto sul-americano de um modo
geral.
Com
esse “caráter” amigável, os Estados Unidos conseguiu ir aos poucos estreitando,
estrategicamente, os laços econômicos e políticos com o Brasil. Um fato
histórico que demonstra a participação estadunidense em benefício brasileiro
foi o fornecimento de navios de guerra para conter o movimento da Marinha do
Brasil contra o então presidente, Floriano Peixoto, na chamada Revolta da
Armada. Vale ressaltar que o americanismo foi um traço da política externa da
republica desde o seu nascimento.
No
âmbito econômico, a desvalorização da moeda brasileira durante esse período foi
comum, pois o principal produto de exportação brasileira, o café, vinha
sofrendo quedas em seu preço nos mercados consumidores internacionais, e o
Brasil necessitava manter sua expansão produtiva.
Bibliografia
- “A Política Externa da
Primeira República e os Estados Unidos: a atuação de Joaquim Nabuco em
Washington (1905-1910)”. PEREIRA, Paulo José dos Reis. Disponível em www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-73292005000200006&script=sci_arttext
- “Monarquia e República:
Entenda a transição entre essas duas formas de governo”. ANGELO, Vitor Amorim
de. Disponível em
www.educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/monarquia-e-republica-entenda-a-transicao-entre-essas-duas-formas-de-governo.htm
- “Da Europa para a
América: as mudanças na política externa brasileira na passagem do Império para
República”. BORGES, Lívia de Carvalho.
- "História da política exterior do Brasil". CERVO, Amado Luiz. BUENO, Clodoaldo.
Ótimo!!
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