O
primeiro reinado tem início na Independência do Brasil em 1822. D. Pedro I se
torna Imperador do Brasil e é quando abdica do trono que se encerra este
período da história no ano de 1831. São considerados marcos na política
brasileira a Assembléia Constituinte (1823), a Constituição de 1824, a
Confederação do Equador ainda em 1824 e as guerras de Independência, em
especial a Guerra da Cisplatina em 1825 e a abdicação de D. Pedro I em 1831.
Os
fatos que definiram a política exterior do Primeiro Reinado
No
ano da Independência, D. Pedro I, ainda príncipe regente de Portugal, elaborava
o texto da primeira Constituição. O príncipe enfrentou grande oposição política
internamente, pois os constituintes pretendiam dar autonomia às pequenas
províncias descentralizando o governo monárquico. Diante deste impasse D. Pedro
dissolve a Assembléia em 1824 e nomeia dez novos constituintes para elaborarem
o texto da primeira Constituição do país que, de modo independente e autoritário, é
outorgada em 25 de março de 1824.
Caracterizada como elitista excludente, a nova
Constituição não agradava a elite e nem ao povo. Assim, em Pernambuco se inicia
um movimento político e revolucionário, a Confederação do Equador, de caráter
emancipacionista e republicano com grande participação popular. O movimento
teve resposta violenta pela tropa militar imperial perdendo força com a morte
de seus líderes ainda no ano de 1824.
Outro
marco foi a Guerra da Cisplatina em 1825, onde esta província declarou sua
separação do Brasil e sua incorporação à Argentina. D. Pedro I declarou guerra
à Argentina e foi derrotado. Diante de seus interesses econômicos na região, a
Inglaterra intervém propondo um acordo de paz entre Brasil e Argentina e foi
onde a província da Cisplatina se declara independente de ambos os países e
nasce então a República Oriental do Uruguai.
Desde
a Independência em 1822, pela postura autoritária claramente exposta nestes
conflitos acima citados, bem como com os altos gastos para sustentar tais
conflitos, resultou numa desfavorável situação financeira levando a um
descontentamento. Duras críticas foram feitas ao imperador e seu governo que
culminou em um trágico fato, o assassinato do jornalista Líbero Badaró, que era
conhecido como maior opositor do príncipe português.
D.
Pedro enfrentou sérias manifestações, onde procurando contê-las, realizou
sucessivas mudanças ministeriais. Porém com a pressão política por parte da elite e
dos populares brasileiros, o imperador abdica do ‘trono’ no dia 7 de abril de
1831, em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara.
Entre
1822 e 1828 se confrontam os objetivos internos e externos. A intervenção e
influência de países como Portugal, Inglaterra e Estados Unidos, somado ao fato
que o único objetivo claro e bem definido do Brasil era o reconhecimento de sua
soberania, fizeram prevalecer os objetivos externos que resultaram em
concessões aos interesses exteriores, havendo um decrescente esforço pelas metas
nacionais. Aliado a abdicação de D. Pedro I que consolidava a Independência,
pode-se dizer que o Primeiro Reinado caracterizava assim a política externa
brasileira neste período.
Bibliografia
- Primeiro Reinado, Leandro Carvalho, Mestre
em História. www.brasilescola.com/historiab/primeiro-reinado.htm
- Confederação
Do Equador - Resumo, Causas, História, O Que Foi, Confederação do Equador
de Leite, Glacyr L. Editora: Ática. www.historiadobrasil.net/resumos/confederacao_do_equador.htm
- Guerra
da Cisplatina, Lidiane Duarte. www.infoescola.com/historia/guerra-da-cisplatina/
- História
da política exterior do Brasil, Amado Luiz Cervo e
Clodoaldo Bueno – 4ª edição revista e atualizada, Editora UnB.
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